Seminário Inclusão das Linguas Angolanas kimbundo e kikongo no Currículo Acadêmico da Uneb
Seminário Inclusão das Linguas Angolanas (kimbundo e kikongo) no Currículo Acadêmico da Uneb
Academia de Letras da Bahia
11 a 13 de maio de 2011
Reflexões
Analia Santana
Algumas das muitas Presenças Ilustres:
Dr. Lourisval Valentin, Magnífico Reitor da Universidade do Estado da Bahia
Dr. Cornélio Caley, Vice-Ministro da Cultura de Angola
Profª. Drª. Amélia Mingas, Decanta da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, Luanda- Angola.
Profª. Drª. Ieda Pessoa de Castro – Maior autoridade em Linguas Africanas no Brasil, Coordenadora do Ngealc- Núcleo de Estudos Africanos e Afrobrasileiros em Línguas e Culturas da Proex/Uneb.
Dr. Aramis Ribeiro Presidente da Academia de Letras da Bahia.
Prof. Dr. Zavone Ntondo- Professor da faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto.
Dr. Camilo Afonso – Adido Cultural Adjunto do Centro Cultural Casa de Angola na Bahia.
Professores (as) Doutores (as) jaci Menezes , Marli Geralda, Carlos Moore, Edvaldo Boaventura, Sérgio Brito, Gilmário Brito, José Claudio Rocha Pro-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação Uneb, dentre outros.
Ms. Adriana Marmore Pro-Reitora de Extenção UNEB
Afoxé Filhos do Congo e Mestre Nadinho.
Reflexões do primeiro dia
Momento importantíssimo que entra para a história do nosso País o Seminário Inclusão das Linguas Angolanas kimbundo e kikongo no Currículo Acadêmico da Uneb, com assinatura de Termo de Cooperação com a Universidade Agostinho Neto de Luanda em Angola. Este é um ato de combate ao racismo institucional e o preconceito lingüístico que apesar da luta e militância de pesquisadores, especialistas e militantes ainda impera neste país. È fortalecendo nossas ancestralidades e raízes africanas que extirparemos o racismo.
O tema abordado na Mesa de Abertura do Seminário foi A Importância do Ensino das Linguas de Angola no Currículo das Universidades Brasileiras, onde as autoridades presentes foram unânimes aos falar da magnitude deste ato. O presidente da Academia Baiana de Letras Dr. Aramis Ribeiro saudou a mesa e aos presentes e ressaltando o papel histórico da Academia fundada em 07 de março de 1917 a qual reúne as figuras mais notáveis da cultura baiana nas letras, ciências sociais e línguas.
Drª Amélia Mingas decanta da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, ressaltou o esforço da UNEB para implantar esse convênio, da sua importância para as ciências e cultura de Angola esse reconhecimento que a lei 10.639/2003 possibilitou, criando condições de aproximação entre Brasil e os Países Africanos. Ainda nesse sentido ela ressalta: “Nossas vontades e querer irão viabilizar a implantação das Linguas Kimbundo e kikongo nas Terras de Santa Cruz “.
Em sua fala o Dr. Cornélio Caley Vice-Ministro da Cultura de Angola substituindo a ministra Rosa Cruz e Silva afirmou que as Linguas Nacionais Angolanas marcam um momento histórico para os dois países. E que essa fase não ocorre por acaso, mas faz parte da realidade social. Salienta que “não é hora de chorar o leite derramado, mas dar vida aos heróis dos quilombos que deram suas histórias interpretando, chorando e amando em kimbundo e Kikongo. Aqui lançaram os alicerces para um mundo mais humanizado, as idéias do pan Africanismo certamente foram influenciadas pelos movimentos ocorridos no Brasil.
Dr. Camilo Afonso colocou-nos para refletir quando disse:
“ Quem sou eu quando não tenho língua?Quando ninguém me identifica?
Sou alguém quando tenho língua
Sou alguém quando meu povo me identifica. Pela língua nos identificamos”
As Linguas Kimbundo e Kikongo são línguas que chegaram aqui no Brasil juntamente com os negros escravizados do antigo Reino do Congo e Ndongo de etnia bantu, hoje países de Angola, Congo, República Democrática do Gongo e Gabão. A maioria das pessoas trazidas a força e escravizadas aqui na Bahia falavam essas línguas, tem estudos do século XVI que comprovam este fato.
Muitas das palavras e expressões destas línguas foram incorporadas a língua portuguesa oficial. Substratos lingüísticos e cantos litúrgicos sobrevivem na religiões afro-brasileira do Candomblé e Umbanda . Para Aprofundar sugiro o Livro falares Africanos na Bahia da Etnolinguista Drª Ieda Pessoa de Castro. Angola tem sete línguas oficiais, duas delas são Kimbundo e Kikongo.
Uma das pessoas mais emocionadas e felizes era a Profª. Ieda P. de Castro pois, esta é uma luta que ela vem impetrando a mais de 40 anos com os primeiros estudos desenvolvidos no CEAO/UFBA anos 1960. Ela tem pesquisas reconhecidas no mundo inteiro, principalmente no continente africano um respeito acadêmico admirável sua trajetória de pesquisadora, educadora fala com a mesma clareza tanto para acadêmicos, como para professores do ensino fundamental e autoridades e entidades do movimento negro e religiões afrobrasileiras defendendo os mesmos princípios. A valorização das contribuições das línguas africanas na construção da cultura e língua brasileira.
Todos concordaram que este ato tem uma dimensão histórica incalculável e possibilita intensificar um intercâmbio constante entre o Instituto de Línguas Africanas e o Brasil. Possibilitará o fortalecimento da ancestralidade africana e da literatura dos dois países e ampliação do conhecimento dos dois lados.
Finalizamos os trabalhos deste primeiro dia com uma belíssima apresentação musical e dança da Banda do Bloco Afro Filhos do Congo regido pelo seu Mestre Nadinho do Congo.
Imagens do dia 11/05 2011
Academia de Letras da Bahia
11 a 13 de maio de 2011
Reflexões
Analia Santana
Algumas das muitas Presenças Ilustres:
Dr. Lourisval Valentin, Magnífico Reitor da Universidade do Estado da Bahia
Dr. Cornélio Caley, Vice-Ministro da Cultura de Angola
Profª. Drª. Amélia Mingas, Decanta da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, Luanda- Angola.
Profª. Drª. Ieda Pessoa de Castro – Maior autoridade em Linguas Africanas no Brasil, Coordenadora do Ngealc- Núcleo de Estudos Africanos e Afrobrasileiros em Línguas e Culturas da Proex/Uneb.
Dr. Aramis Ribeiro Presidente da Academia de Letras da Bahia.
Prof. Dr. Zavone Ntondo- Professor da faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto.
Dr. Camilo Afonso – Adido Cultural Adjunto do Centro Cultural Casa de Angola na Bahia.
Professores (as) Doutores (as) jaci Menezes , Marli Geralda, Carlos Moore, Edvaldo Boaventura, Sérgio Brito, Gilmário Brito, José Claudio Rocha Pro-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação Uneb, dentre outros.
Ms. Adriana Marmore Pro-Reitora de Extenção UNEB
Afoxé Filhos do Congo e Mestre Nadinho.
Reflexões do primeiro dia
Momento importantíssimo que entra para a história do nosso País o Seminário Inclusão das Linguas Angolanas kimbundo e kikongo no Currículo Acadêmico da Uneb, com assinatura de Termo de Cooperação com a Universidade Agostinho Neto de Luanda em Angola. Este é um ato de combate ao racismo institucional e o preconceito lingüístico que apesar da luta e militância de pesquisadores, especialistas e militantes ainda impera neste país. È fortalecendo nossas ancestralidades e raízes africanas que extirparemos o racismo.
O tema abordado na Mesa de Abertura do Seminário foi A Importância do Ensino das Linguas de Angola no Currículo das Universidades Brasileiras, onde as autoridades presentes foram unânimes aos falar da magnitude deste ato. O presidente da Academia Baiana de Letras Dr. Aramis Ribeiro saudou a mesa e aos presentes e ressaltando o papel histórico da Academia fundada em 07 de março de 1917 a qual reúne as figuras mais notáveis da cultura baiana nas letras, ciências sociais e línguas.
Drª Amélia Mingas decanta da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, ressaltou o esforço da UNEB para implantar esse convênio, da sua importância para as ciências e cultura de Angola esse reconhecimento que a lei 10.639/2003 possibilitou, criando condições de aproximação entre Brasil e os Países Africanos. Ainda nesse sentido ela ressalta: “Nossas vontades e querer irão viabilizar a implantação das Linguas Kimbundo e kikongo nas Terras de Santa Cruz “.
Em sua fala o Dr. Cornélio Caley Vice-Ministro da Cultura de Angola substituindo a ministra Rosa Cruz e Silva afirmou que as Linguas Nacionais Angolanas marcam um momento histórico para os dois países. E que essa fase não ocorre por acaso, mas faz parte da realidade social. Salienta que “não é hora de chorar o leite derramado, mas dar vida aos heróis dos quilombos que deram suas histórias interpretando, chorando e amando em kimbundo e Kikongo. Aqui lançaram os alicerces para um mundo mais humanizado, as idéias do pan Africanismo certamente foram influenciadas pelos movimentos ocorridos no Brasil.
Dr. Camilo Afonso colocou-nos para refletir quando disse:
“ Quem sou eu quando não tenho língua?Quando ninguém me identifica?
Sou alguém quando tenho língua
Sou alguém quando meu povo me identifica. Pela língua nos identificamos”
As Linguas Kimbundo e Kikongo são línguas que chegaram aqui no Brasil juntamente com os negros escravizados do antigo Reino do Congo e Ndongo de etnia bantu, hoje países de Angola, Congo, República Democrática do Gongo e Gabão. A maioria das pessoas trazidas a força e escravizadas aqui na Bahia falavam essas línguas, tem estudos do século XVI que comprovam este fato.
Muitas das palavras e expressões destas línguas foram incorporadas a língua portuguesa oficial. Substratos lingüísticos e cantos litúrgicos sobrevivem na religiões afro-brasileira do Candomblé e Umbanda . Para Aprofundar sugiro o Livro falares Africanos na Bahia da Etnolinguista Drª Ieda Pessoa de Castro. Angola tem sete línguas oficiais, duas delas são Kimbundo e Kikongo.
Uma das pessoas mais emocionadas e felizes era a Profª. Ieda P. de Castro pois, esta é uma luta que ela vem impetrando a mais de 40 anos com os primeiros estudos desenvolvidos no CEAO/UFBA anos 1960. Ela tem pesquisas reconhecidas no mundo inteiro, principalmente no continente africano um respeito acadêmico admirável sua trajetória de pesquisadora, educadora fala com a mesma clareza tanto para acadêmicos, como para professores do ensino fundamental e autoridades e entidades do movimento negro e religiões afrobrasileiras defendendo os mesmos princípios. A valorização das contribuições das línguas africanas na construção da cultura e língua brasileira.
Todos concordaram que este ato tem uma dimensão histórica incalculável e possibilita intensificar um intercâmbio constante entre o Instituto de Línguas Africanas e o Brasil. Possibilitará o fortalecimento da ancestralidade africana e da literatura dos dois países e ampliação do conhecimento dos dois lados.
Finalizamos os trabalhos deste primeiro dia com uma belíssima apresentação musical e dança da Banda do Bloco Afro Filhos do Congo regido pelo seu Mestre Nadinho do Congo.
Imagens do dia 11/05 2011
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